sexta-feira, 18 de julho de 2014

O que seria o certo e errado?‎

Certo e errado são qualificações de ações e, portanto, objeto da ética. Seres não possuem tais qualificações. Logo elas não são ontológicas. Da mesma forma que não são estéticas nem fenomenológicas. Há quem as atribua um aspecto epistemológico. Todavia a qualificação epistemológica que corresponde a essas palavras seria verdadeiro e falso. Eticamente uma ação é certa se atender aos critérios de maximizar a felicidade para o maior número de seres, não causar dano, dor, sofrimento, prejuízo, tristeza ou nada de ruim a outrem, à sociedade ou à natureza, poder ser erigida como algo a ser prescrito para que todos a façam e ser de sorte a que se deseje ser objeto dela. Todavia, mesmo que possa provocar algum dano, uma ação pode ser considerada certa se objetivar um bem maior do que o dano provocado. Mas esse bem não pode ser um bem particular em prejuízo do bem global ou de outrem. Caso sejam de forma oposta a isso, seriam ações erradas. Note que tais qualificações não necessariamente correspondem à moralidade ou imoralidade das ações, pois estas são qualificações referentes ao que a sociedade, em dada época, lugar e grupo social, considera que sejam permitidas, prescritas ou proibidas, sejam certas ou erradas. O ideal é que a moral seja aderente à ética, mas isso nem sempre acontece, já que a moral é estabelecida, geralmente (nem sempre, contudo), para o atendimento de interesses de grupos dominantes. Assim, há condutas, comportamentos e ações morais que ferem a ética, bem como imorais que não ferem a ética.

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