sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Acha que a humanidade vai durar mais 500 anos? Se sim, é possível que haja evoluções sociais de comportamento. Mas em hipótese alguma vai haver uma alteração no objetivo genético dos indivíduos.‎

A humanidade ainda deve durar uns bons milhões de anos. Talvez dez ou quinze. Até que evolua para novas espécies trans-humanas, Mas essas já podem vir a surgir em menos tempo, antes da extinção da nossa. Todavia, mesmo enquanto a nossa for a mesma, pode haver evolução dentro dela, como está acontecendo. E essa evolução pode ser no sentido de mudança dos instintos. Isso ocorrerá se os indivíduos que, por mutação, apresentarem instintos modificados, tiverem mais sucesso reprodutivo. Por exemplo, penso que, para o futuro, pessoas mais competitivas passarão a ser rejeitadas como parceiros reprodutivos em relação a pessoas mais colaborativas. Ao longo dos milênios, isso fará que a população humana se torne predominantemente colaborativa em vez de competitiva. Da mesma forma que pessoa que não sintam ciúme em relação às que sintam. Porque são as mulheres que promovem a escolha dos parceiros reprodutivos. Com a evolução social levando todas as mulheres à independência econômica, nenhuma vai precisar de um companheiro como provedor. Então escolherão o companheiro pela satisfação amorosa que deem. E isso poderá promover uma rejeição aos ciumentos. Da mesma forma que os homens, sem que precisem estabelecer relação conjugal, numa nova concepção anarquista que promova a extinção da família tradicional, não se interessarão em relações com mulheres ciumentas. Considerando que a anarquia se estabeleça dentro de cinco a dez mil anos, dentro de uns cinquenta mil anos a evolução dentro da espécie já terá acabado com pessoas ciumentas e competitivas.

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