segunda-feira, 13 de junho de 2016

Por que os cristãos não gostam de reconhecer que Jesus era comunista? 15/10/2015

Porque o cristianismo foi cooptado pelo Império Romano e, depois, por seus prosseguidores, as monarquias medievais e passou a ser um instrumento de dominação sobre o povo, mesmo que, de vez em quando, aparecesse alguém em protesto, como Francisco de Assis. Mesmo Lutero, separando-se de Roma, ainda não ficou, realmente, do lado do povo mesmo. Henrique VIII, então, nem se diga. O protestantismo tradicional foi um movimento burguês. Apenas alguns segmentos abraçaram as concepções anárquicas e comunistas do cristianismo tradicional, como os anabatistas. Mas foram dizimados pelos outros protestantes. Atualmente, os neo-pentecostais são verdadeiros inimigos da pobreza, a caríssima irmã de Francisco de Assis. Não digo que a pobreza seja desejável como objetivo de vida, mas que o que se precisa é acabar com ela de forma ampla e não perseguir individualmente a riqueza. E isso se consegue com o comunismo, que deveria ser o objetivo do cristianismo. Mas não um comunismo "a la" União Soviética", isto é, ditatorial e policialesco. Um comunismo compartilhador, solidário, anarquista. Essa é a verdadeira visão política e econômica do cristianismo original. Que eu aprovo, mesmo que reprove suas concepções teológicas da divindade do Cristo, da existência de alguma vida eterna e, mesmo, da existência de alguma divindade.

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