sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Por exemplo, dizer que o que a Dilma fez não configura razão para ser afastada. O governo dela foi bem além de "uma grande trapalhada". Ela cometeu crimes graves, sim.

A questão é que as questões graves que ela cometeu não são as que estão elencadas no processo de impedimento, como sua conivência nesses casos de corrução, propinas e outros envolvendo políticos, funcionários e empresários, não só na Petrobrás mas em outros órgãos. Isso sim, é caso de impedimento. Mas as pedaladas fiscais, para mim, é coisa tolerável, considerando que não foi confisco e sim, tomada de empréstimo. Em suma, acho que a Dilma mereceria ser impedida, mas não pelas razões que constam no processo. Por outro lado, também não gosto do Temer e nem do PMDB atual (mesmo tendo sido eleitor do MDB antigo, no tempo do Ulysses Guimarães). Também votei no Brizola, no Covas, e, até no Lula, antes que ele fosse eleito. Depois não votei mais. Mas acho que o Temer é que tem que estar substituindo a Dilma mesmo, porque é o que a Constituição prevê. Convocar outras eleições fora do calendário, para mim, é que é um golpe. Não admito que a normalidade constitucional seja interrompida. Se for o caso, que se mude a Constituição antes. Mas esse negócio de ficar mudando a Constituição a cada caso que os interesses desses ou daqueles exigirem revela uma esculhambação política inteiramente inaceitável. Que se faça uma constituição para, pelo menos, uns mil anos.

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