sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Professor, na situação em que um automóvel faz uma curva circular com velocidade escalar constante, numa estrada plana horizontal, a força de atrito é estática, certo?

Tanto existe o atrito de escorregamento estático quanto o cinético, além do de rolamento. O de escorregamento estático é a componente normal ao plano da roda. A componente tangencial ao plano da roda é em parte de escorregamento cinética, em parte de rolamento. Sendo a roda motriz a ligada ao volante (dianteira) o atrito de escorregamento cinético, sobre ela, aponta para o sentido do movimento da roda e tem uma componente tangencial ao movimento do carro (não da roda), que fornece a tração para anular a resistência do ar e os atritos opostos ao movimento do carro, e uma componente normal ao movimento do carro que aponta para o centro da curvatura, fornecendo parte da força centrípeta. Nessa roda, nesse caso, o atrito de escorregamento estático é normal à roda e aponta para dentro da curva, tendo uma componente centrípeta e uma componente tangencial oposta ao movimento. Nela também há um atrito de rolamento, que, sobre a roda, é oposto ao movimento da roda, tendo uma componente oposta ao movimento do carro e uma componente perpendicular a ele, apontando para fora, em sentido oposto à força centrípeta. Na roda não motriz, sendo ela também a que não é ligada à direção (trazeira), há um atrito de escorregamento cinético tangencial ao movimento da roda, mas oposto a ele sobre a roda (ao contrário da roda motriz) e um atrito de escorregamento estático, normal ao plano da roda e apontando para fora da curva. Além desses há o atrito de rolamento, também oposto ao movimento da roda. No caso da roda motriz não ser a ligada ao volante (isto é, ser a traseira) a situação é completamente diferente. Note que o carro anda porque a roda motriz gira e a roda não motriz gira porque o carro anda. Neste caso, sobre a roda não ligada ao volante (a traseira, que é a motriz), há um atrito de escorregamento cinético que, sobre a roda, tem o sentido do movimento dela (e do carro) que fornece a força motriz, bem como um atrito de escorregamento estático normal ao plano da roda e, sobre ela, apontando para fora da curva, além do atrito de rolamento, apontando no sentido oposto ao movimento da roda. Na roda de direção (que não é motriz agora), o atrito de escorregamento cinético é tangencial e de sentido oposto a seu movimento, do mesmo modo que o atrito de rolamento. O atrito de escorregamento estático é normal ao plano da roda e aponta para dentro da curva, tendo uma componente centrípeta e uma componente oposta ao movimento do carro. Entendeu?

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