segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Se você encontrasse uma pessoa pronta para se jogar de uma ponte, o que diria pra ela?

Que, por pior que esteja sendo a sua vida, ela é um dom de raridade incrível e que, ser uma pessoa humana e estar vivo é um bem preciosíssimo, que não se pode deitar a perder por motivo nenhum. Mesmo que se vá para a cadeia, que se perca todo o dinheiro, que todos os amigos e parentes nos abandonem, continuar vivo é sempre preferível. E se pode viver e até ser feliz na miséria, na cadeia e na solidão. É só ter uma postura de ataraxia estóica à moda budista. Alguns confiam em Deus e na salvação eterna, mas isto não é garantido. Não precisa confiar em ninguém. É só uma questão de atitude. Continuar vivo é mais valioso do que quase tudo, exceto se se estiver sendo permanentemente torturado sem a mínima esperança de escapar ou em fase terminal de alguma doença incurável. Sempre se pode dar um significado elevado à própria vida, fazendo o bem sem esperar retorno nenhum, nem a salvação eterna. O grande valor da vida está, justamente, no fato de que a morte é definitiva, até para a alma, se se considerar que ela exista, mas, então, morre junto com o corpo.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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