sábado, 13 de agosto de 2011

Admira a sabedoria oriental, como visto em Confúcio, Siddhartha Gautama e Lao Tse?

Sim. mas não de uma forma irrestrita. Gosto muito da ataraxia budista. O mais importante do budismo é o Bodhi e não o Nirvana, como se pensa. Bodhi é a iluminação, isto é, a perfeita compreensão da realidade, que interromperia o ciclo de carma. Mas não concordo com a Anatta (supressão do ego). Confúcio, nem tanto, pois acho que é muito conformado e convencional. Quanto a Lao Tse, depende. Não sou panteísta e nem acho que a supressão total do desejo seja a chave da felicidade. Aprecio a noção oriental de compaixão, solidariedade e colaboração, oposta à ocidental de competição, individualismo e sucesso. A respeito dos pensadores orientais é interessante ler o livro de Osho, "Encontro com Pessoas Notáveis". O que não aceito em muitos desses líderes são as noções do carma e da reencarnação, pois considero que não existem espíritos nem que o homem tenha alma espiritual. De modo geral sou mais afeto à sabedoria ocidental, especialmente o cinismo filosófico, o epicurismo e o estoicismo. Mas penso que se pode fazer uma síntese dialética de ambas. Quanto à meditação, aprecio também mais a forma monástica ocidental dos beneditinos e cartuxos do que a oriental. Certamente que, como ateu, não considero que o tema da meditação deva ser religioso.

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