sábado, 13 de agosto de 2011

Até que ponto vale a pena dormir pouco pra estudar mais ? (Levando em conta a redução de rendimento em quanto se está com sono)

Depende da idade. Na adolescência, recomenda-se dormir 8 horas por dia. Então, se preciso, pode-se reduzir para 7, esporadicamente. Um adulto precisa de umas 7 ou 6 horas de sono e um velho, 6 ou 5 horas, podendo reduzir 1 hora, esporadicamente. Mas é bom obter horas extras de estudo tirando-as do lazer, caso precise (como deixar de ver televisão ou acessar a internet). Normalmente, no Ensino Médio, um estudante passa 8 horas do dia dormindo, 5 horas na aula, 3 horas cuidado da manutenção da vida (refeições, banho, trocas de roupa, idas ao banheiro, locomoções etc.), 3 horas estudando e 5 horas curtindo o lazer que quiser (recomendo atividades físicas também). É preciso estudar a matéria vista na aula todo dia, no mesmo dia, antes de dormir, pois esse reforço é que faz o hipocampo dar importância ao assunto e, no sono, transferir o conteúdo da memória de curta duração para a de longa duração, no córtex frontal. Só assim é que se aprende. Mas, para que o estudo seja um reforço, há que se prestar a máxima atenção na aula e interagir com o professor, não admitindo sair da aula sem ter entendido tudo. Senão o estudo, ao invés de um reforço, será o primeiro contato com o assunto e o hipocampo não achará que trata-se de algo importante. Outra forma de dar importância a um conteúdo é envolvê-lo emocionalmente. Por isso é que se aprende aquilo pelo que se tem paixão. Um bom professor desperta no aluno a paixão por sua matéria. O professor precisa passar, em toda aula, tarefas para o mesmo dia (e não para o dia em que for ter outra aula da mesma matéria), que permitam a compreensão e a aplicação do que foi apresentado e entendido na aula. Assim se completa o ciclo da aprendizagem: conhecer, entender, compreender e aplicar. Mas o professor tem que fazer o aluno aprender por si. Ele não tem que ensinar o conteúdo, mas orientar como aprender esse conteúdo e treinar as habilidades para usá-lo na solução de problemas reais. E, o mais importante, discutir a validade desse conhecimento para que o aluno o incorpore em suas vivências de forma significativa. Discutir é fazer o aluno refletir e, até mesmo, contestar, se for o caso. Nada de passar macetes e automatismos. Isso é cultivar o emburrecimento.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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