domingo, 18 de setembro de 2011

Desculpe, professor. Sem querer ser ofensivo; perguntando com todo o respeito: o senhor realmente acha possível que um dia não haja mais crimes?

Acho sim, mas não agora. É uma questão de educação e de prosperidade generalizada. O ser humano tem capacidade do bem e do mal. Mas fazer o mal não é bom nem para o malvado, pois é fonte de intranquilidade. Não estou falando de temer ser castigado por Deus. Imagine que todos sejam ateus e saibam que não existe inferno. A situação ideal para todos é que a paz sempre ocorra e que ninguém sinta necessidade de coisa alguma. Isso é o que o anarquismo se propõe a propiciar. Numa sociedade sem desigualdades sociais, com todo mundo num nível bem elevado de educação, sem propriedade privada de modo que todos podem usufruir de tudo o que precisarem e quiserem, que motivo haverá para qualquer crime? Roubar ou matar, porque? Se nada é de ninguém e tudo é de todos? Inclusive as mulheres e os maridos, compartilhados por todos que quiserem (com consentimento mútuo). Só em casos patológicos. Mas isso não se atinge de repente. É um processo gradual e muitíssimo lento, da ordem de centenas ou milhares de anos. Quanto mais evoluída, educada e rica for uma sociedade, menos crime acontece, menos polícia é necessária. Os 20 países mais pacíficos do mundo, de acordo com http://www.visionofhumanity.org/gpi-data/#/2011/scor,
são, pela ordem:
Islândia, Nova Zelândia, Japão, Dinamarca, República Checa, Áustria, Finlândia, Canadá, Noruega, Eslovênia, Irlanda, Qatar, Suécia, Bélgica, Alemanha, Suíça, Portugal, Austrália, Malásia e Hungria.
É interessante a presença do Qatar entre eles. O Brasil está em 74º.
Quando o mundo todo for tão rico, evoluído e educado quando esses, certamente a criminalidade estará tendendo a inexistir. Acho que tal situação poderá ser obtida em menos de mil anos.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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