quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ja se apaixonou por mais de 1 pessoa ao mesmo tempo?

Sim. Amando com toda a sinceridade e toda a intensidade. Mas só em pensamento. Isto não diminui o amor nem um pouco. Amor não é como uma moeda contábil. Quanto mais se ama, mas se é capaz de amar. Amar a uma pessoa não exclui amar a outra ou outras também, com o mesmo fervor. A sociedade é que condena esse fato e, então, quando isso acontece, as pessoas acham que têm que fazer uma escolha e suprimem os amores adicionais, ficando só com um. Não apenas a realização atual e carnal, mas o próprio sentimento. Isso não é bom. Mesmo que não se realize algum amor, apenas senti-lo já é gratificante. O ideal seria que esses amores múltiplos pudessem ser livremente realizados com o conhecimento e o consentimento de todos os envolvidos. Não estou dizendo que seja obrigatório, mas que seja possível. Então se formaria uma teia de laços de afeição na sociedade cada homem com suas amadas e cada mulher com seus amados, que podem ser um só, mas não se obriga que o seja. Aliás, não há como se obrigar a amar ou deixar de amar a quem quer que seja. O que se pode fazer é consentir ou não com algum amor. O mundo seria muito mais feliz se todos os amores fossem consentidos. A noção de família seria algo muito mais extenso do que a que se tem hoje. Os filhos teriam uma multiplicidade de pais e mães, todos amando-os e deles cuidando: a mãe e o pai biológicos e os outros companheiros da mãe e do pai. E esse conglomerado se uniria para mutuamente se manterem e se apoiarem, sem individualismos, de forma inteiramente desprendida, honesta e decente. Com compromisso, lealdade, dedicação, companheirismo, afeto. E com muito mais eficácia e eficiência econômica, inclusive. Não haveriam lares monofamiliares. Isso tudo é meu sonho de mundo anarquista que espero poder ver realizado no mundo em menos de mil anos.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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