quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sr. Ernesto, o que você acha sobre a traição? Eu queria a sua opinião sobre esse assunto.

Algo inteiramente inadmissível, uma atitude vil e repugnante, indigna de quem quer que seja considerado uma pessoa humana decente e honesta. Porque traição é uma mentira gravíssima, uma quebra de confiança, uma rasteira que se dá em quem deposita crédito em nós. Inadmissível e imperdoável. Isto não significa que ache que os relacionamentos amorosos tenham que ser exclusivistas. Acho perfeitamente viável que uma pessoa possa ter relacionamento amoroso com mais de uma outra. Mas que isso seja do conhecimento e consentimento de todos os envolvidos, antes que o relacionamento se estabeleça. Neste caso não é traição nenhuma, porque os envolvidos sabem do fato e concordam com ele. Acho que o mundo seria muito mais mais justo, harmoniosos e feliz se esta possibilidade fosse aceita normalmente pela sociedade. Então teríamos um conceito estendido de família, cada homem podendo ter mais de uma mulher, cada mulher mais de um marido, cada filho e filha mais de um pai e uma mãe. Tudo de uma forma honesta, comprometida e decente. Isto configuraria uma estrutura social inteiramente diferente, com a abolição, inclusive, da residência monofamiliar, podendo as habitações serem coletivas, o que propiciaria enorme economia de recursos e grande apoio mútuo dos que a coabitassem. A noção de propriedade também seria coletivizada, até que o anarquismo se estabeleça e derrube completamente essa noção.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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