Fidelidade e lealdade são qualidades nobres e requisitos essenciais para que um relacionamento amoroso possa ser construído sobre bases sólidas. Exclusividade não. Os conceitos são muito diferentes. Ser fiel e leal significa que se tem um compromisso de sempre agir com o conhecimento e o consentimento do parceiro da relação. Exclusividade significa que só se relaciona amorosamente com aquela única pessoa. Pode-se perfeitamente não se relacionar exclusivamente com uma única pessoa sem deixar de ser leal e fiel, desde que esse outro relacionamento seja conhecido e consentido. Isso é que é poliamorismo. Relacionamentos múltiplos conhecidos e consentidos, por todos os envolvidos, que, inclusive, podem ser muito bons amigos. Tantos os maridos (ou namorados) da mulher quanto as mulheres (ou namoradas) do homem. Note que não estou preconizando que se aja dessa maneira, mas sim considerando que esta seja uma situação possível, caso aconteça de alguém se apaixonar por mais de uma outra pessoa. É uma forma de relacionamento madura, honesta, decente, sem possessividade, sem ciúme, mas com compromisso de dedicação, cuidado, afeto, doação, interesse, companheirismo e tudo o que faz um relacionamento monogâmico gratificante e significativo, só que dirigido a mais de uma outra pessoa. De forma completamente tranquila e sem nenhuma conotação de libertinagem ou devassidão.
Outra coisa que também não compromete a lealdade e a fidelidade é um acordo que pode haver entre o casal, de que cada membro possa ter relacionamentos puramente sexuais, sem envolvimento amoroso, com quem quiser, sem necessidade de dar conhecimento. Isto é, cada um concede ao outro a liberdade de transar com quem quiser, sem compromisso nenhum. É outra situação que pode existir num relacionamento livre e aberto. Mas que tem que ser estabelecida previamente como uma possibilidade. Isto não compromete, em absoluto, a firmeza da relação e é muito mais honesto do que as escapadas escondidas que muitos que defendem a monogamia praticam. Poliamorismo é um comportamento muito mais digno e nobre do que uma monogamia hipócrita, burlada a todo momento pelos envolvidos. A sociedade precisa admitir isso como uma coisa normal e legítima. Se as religiões não admitem, que se descartem as opiniões das religiões. O poliamorismo não faz perder a intensidade do amor que se tem por cada pessoa e nenhuma outra característica, exceto as nocivas, como o ciúme e a possessividade. Em um relacionamento erótico-romântico cada um dos envolvidos tem que ser uma pessoa completamente livre e independente, que não dependa da outra para nada (especialmente financeiramente) de modo que a relação só existe pela satisfação, prazer e felicidade mútua que propicia, além do apoio psicológico, logístico e até, material que pode propiciar, desde que não seja uma dependência irremovível.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Apenas um questionamento, Sr. A fidelidade, exclusividade e lealdade não realçam o amor? O poliamorismo não faz-se perder tais características?
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