De modo nenhum e nem estou vendo perspectiva de melhorar. Apenas mudou de um ataque agudo para um sintoma crônico. Ela advém de minha impotência face à estrutura da sociedade que impede que eu me realize como pessoa integral. A necessidade de sobrevivência material de todas as pessoas envolvidas em minha vida e minhas responsabilidades a esse respeito, a que, de modo nenhum me furto, além das convenções que impõem escolhas interexcludentes que, de forma alguma precisariam ser, não deixam que eu possa me realizar em todos os planos existenciais. Como eu sou uma pessoa que não admito para mim, nenhum comportamento desleal ou que fira a confiança que em mim é depositada, ou que contenha qualquer componente menos ético, vergo-me sob o peso de todas os meus deveres e responsabilidades e deixo minha felicidade para o segundo plano. Daí não conseguir mais estampar em minha face o sorriso que sempre me caracterizou, nem passar o tempo cantarolando óperas, como sempre fiz, nem fazer as brincadeiras de nerd que gostava de fazer com meus colegas. Parece que um espartilho apertou por dentro o meu peito, impedindo meu coração de bater em toda sua pujança, como sempre me foi costumeiro. O que alimenta, ainda, minha vontade de viver é o meu sonho de conseguir deixar para a humanidade uma contribuição para que, justamente, nenhum obstáculo de ordem social ou econômica possa atrapalhar a realização da felicidade de qualquer pessoa. Que o mundo se organize de tal forma que a prioridade seja o bem estar coletivo e de cada um, e não o cumprimento de convenções caducas, tão introjetadas na mente das pessoas que elas consideram que sua desobediência seja uma afronta irreparável aos costumes intocáveis e irrepreensíveis, respaldados pelas sacrossantas normas religiosas que promovem o inferno, em vez do céu, na vida das pessoas. Além das malfadadas futricas das comadres, que parecem ser a baliza ética da conduta social das pessoas de bem. O texto acima está um tanto quanto enigmático, mas é o mais esclarecido que posso externar.
Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
Clique no título da postagem para ver os comentários a seu fim e inserir um.
Clique no título do Blog para voltar a seu início.
Para buscar um assunto, digite a palavra chave na caixa do alto, à esquerda, e clique na lente.
Veja lá como me encontrar em outros lugares da internet.
Visite meu canal no you-tube.
Pergunte-me o que quiser no ask.
As perguntas e respostas do ask e as que dera no formspring antes são publicadas aquí também.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário