quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Doce Sonho



A natureza toda brilha radiante
ao resplandor desta aurora alvissareira,
que toda renda de orvalho faz brilhante
e iridescente coa a luz qual u’a peneira.

Já em meu leito, uma réstia luminosa,
o sono afasta, revelando o sonho doce
em que você, toda de chita preciosa,
sorri feliz nos braços meus, como se fosse.

Entre dormir e acordar fico hesitante.
Se a ventura a embalar maravilhosa
o sonho meu quer prosseguir, mais um instante.

Mas para a vida vem o Sol  qual camareira,
a me lembrar da realidade que me trouxe,
e a meu sonhar levar tristeza verdadeira.

Ernesto von Rückert

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