terça-feira, 25 de outubro de 2011

Instinto e o Querer, se diferem?

Claro, e muito. Instinto é um procedimento programado previamente no cérebro para conduzir ações que correspondam a algum comportamento essencial para a sobrevivência do indivíduo e da espécie, que não possam depender de um processo de aprendizagem. Assim os processos de respiração, sucção do leite, digestão, choro e outros similares são instintivos. Muitos processos que em outros animais são instintivos, no homem são aprendidos, como o controle dos esfincteres para urinar e defecar, a locomoção, a busca de alimento, a conquista do par sexual, o coito e vários outros. O querer é um processo elaborado que envolve uma sequência de fatos inconscientes e conscientes. Mas inconsciente não é necessariamente instintivo. O querer brota do desejo, este de origem inconsciente, suscitado por algum estimulo sensorial. Levado à consciência o desejo pode ser rejeitado ou assumido como um querer, que é um desejo consentido conscientemente. Esse querer não é nada instintivo. É uma decisão pautada pela vivência do indivíduo. Do querer pode-se passar a uma vontade, que já é uma decisão de agir e, então, para a ação (que pode ser abortada pelo censor interno que avalia as consequências favoráveis e desfavoráveis do ato). Isso não é, absolutamente, instintivo.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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