Veja esta resposta:
http://www.formspring.me/wolfedler/q/252241318070199311
Ao longo de todos os meus 44 anos de vida de professor de Física e Matemática no Ensino Médio e Superior tenho lutado pela mudança de concepção do processo educativo e lecionado de acordo com o meu entendimento de que o professor não ensina, mas orienta e estimula o aluno a aprender, não apenas conhecimentos (mas também), como, principalmente, habilidades em usá-los na solução de problemas reais. Isso é que estimula a inteligência, outro fator que precisa ser um dos objetos mais considerados para aprimoramento no processo. Uso o método da redescoberta, pelo qual o aluno se torna um cientista e, ele mesmo, descobre de novo as leis e demonstra os teoremas, sem que eu passe a demonstração feita. Meus exercícios são, na maioria, puramente literais e de dedução de novas fórmulas. Os numéricos são para realização de projetos de artefatos, mesmo que idealizados (isto é, não fabricados na prática, por falta de material e tempo). Os dados não são fornecidos, mas deixados para os alunos obterem por medidas em objetos reais. Isso é muito mais impactante e permite uma assimilação significativamente maior do que os problemas que os livros trazem. Faço muito uso de gráficos. Em suma, minha aula é completamente diferente e, no fim, os alunos aprendem muito mais, apesar da anarquia. Minhas provas são sempre com consulta (pode preparar a cola e levar) exceto ao colega. Mas não passo nenhuma questão já resolvida, nem parecida. Tudo inédito e muita dedução. Para que o aluno use o conhecimento e as habilidades em novas situações. Mas eu faço um "ensaio de prova" não valendo nota, para o pessoal ver como é. De uma olhada na avaliação que os alunos do Curso de Física da UFV fizeram de mim (veja as duas disciplinas):
http://www.ruckert.pro.br/blog/?page_id=2379 .
O ENEM vem, justamente, ao encontro desse meu modo de pensar. Acho que ele precisa de alguns aperfeiçoamentos, mas, em princípio, está corretíssimo.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O que acha de provas que rompem com a tradicional decoreba dos vestibulares como o Enem? Já era tempo do Brasil se modernizar nesse aspecto não acha?
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