Nossa existência é uma preciosidade imensa face sua altíssima raridade. Não há como desperdiçar a vida com preocupações menores. De tudo o que a vida oferece, uma vez garantida a sobrevivência, é o amor o que mais significância pode ter e a mais gratificante atividade a que pode se dedicar. Assim, encontrar uma pessoa com a qual se possa viver em plenitude esse complexo de fatos que é o amor é mais valioso do que ser sorteado na loteria, tal o número e a complexidade dos fatores envolvidos. A vida toda é uma busca pela realização plena da existência, em que o amor desempenha o papel mais destacado. Como heterossexual, para mim, o maior presente que a vida pode dar é encontrar a mulher ideal, segundo a concepção de Aristófanes, a metade "Gynos" que completa a metade "Andros" do ser Androgyno primitivo cuja partição deu origem, mitologicamente, à humanidade heterossexual.
E que característica teria essa pessoa? O fato de ser do outro sexo já é diferença bastante para garantir a atração dos opostos. No restante, isto é, na personalidade, temperamento, caráter, preferências, ideologia, cosmovisão, ideais e outros aspectos, cada metade do mesmo original é a mais próxima possível da outra. A vida toda busquei essa pessoa e, nos amores que tive, nunca a encontrei. Mas tive poucos amores, pois não sou volúvel e quando estou amando dispo-me de toda prudência e dedico-me ao amor por completo, sem restrições. Mesmo admitindo o poliamorismo, nunca o pratiquei e nunca fui infiel a nenhum dos meus amores. Há tempos atrás conheci, virtualmente, a pessoa que entrava em sintonia com todo o meu modo de pensar e conceber a vida e o mundo, além de minhas preferências artísticas, científicas, políticas e filosóficas. Com o adicional de ser também uma mulher lindíssima, charmosíssima, sensualíssima, educadíssima, cultíssima. Tornei-me um grande amigo dela e nossa troca de mensagens virtuais se tornou motivo de grande alegria para nós. Até que um dia reconhecemos que nos amávamos, de uma forma platônica, certamente. Cada um de nós tínhamos outros relacionamentos a quem também amávamos e amamos. Esses relacionamentos são importantes em nossas vidas e se vinculam a vários outros fatores e amarrações extra-amorosas. Além do mais não possuem a abertura mental de admitir essa multiplicidade, mesmo que platônica. Esse é o grande problema das estruturas sociais estabelecidas, que vinculam todos os aspectos da vida a uma única relação: sexuais, afetivos, econômicos, familiares, sociais e tudo o mais. Resultado: o que poderia ter sido uma realização existencial maravilhosa não aconteceu e até a amizade mais pura e intensa que experimentei na vida feneceu. O que me resta? Veja as poesias que escrevi:
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4349 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4355 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4382 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4387 .
Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
Clique no título da postagem para ver os comentários a seu fim e inserir um.
Clique no título do Blog para voltar a seu início.
Para buscar um assunto, digite a palavra chave na caixa do alto, à esquerda, e clique na lente.
Veja lá como me encontrar em outros lugares da internet.
Visite meu canal no you-tube.
Pergunte-me o que quiser no ask.
As perguntas e respostas do ask e as que dera no formspring antes são publicadas aquí também.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Ernesto, o senhor incomodaria-se de falar mais a respeito do seu grande amor? Quem o que ele(a) é? O que aconteceu para esse atual arrependimento?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário