domingo, 23 de outubro de 2011

Professor, o senhor aceitaria o conceito de raças? E por quê?

Sim, aceito, mas não com as implicações que os racistas lhe conferem. Para mim, raça é apenas uma variedade dentro da espécie que apresenta características somáticas capazes de exibir alguma distinção identificável. Sem dúvida é possível identificar diferenças no formato mais ou menos amendoado dos olhos, no afilamento ou achatamento do nariz, no grau de lisura ou encaracolamento dos cabelos, ou ainda a sua coloração, na pigmentação da íris dos olhos, na cor da epiderme, na estatura e outros fatores. Além disso essas características são geneticamente transmitidas e apresentam grande uniformidade em populações que mantêm isolamento genético. Assim eu vejo que a noção de raça, encontrada em muitos mamíferos superiores, como cães, gatos, cavalos, bois, cabras, ovelhas, e muitas outras, inclusive em aves, como galinhas, também se apresenta na espécie humana. Inferir daí que outras características também sejam ligadas a esta ou aquela raça não procede, como inteligência ou outras ligadas ao caráter, ao temperamento e à personalidade. As variações dessas características dentro de uma mesma raça são muito maiores do que a diferença nas médias de cada uma. Além do mais a humanidade é bastante miscigenada, sendo rara a ocorrência de populações geneticamente uniformes. Mas há, e todo mundo pode perceber diferenças somáticas entre um lapão e um japonês, por exemplo. O fato de eu aceitar a existência de raça não me faz um racista, pois não vejo razão para se dar preferência a nenhuma delas em nenhum aspecto. Pelo contrário, sou uma pessoa extremamente igualitária quanto a esse aspecto bem como a vários outros que os seres humanos exibem.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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