Não. Dispositivos podem ter comportamentos disponíveis variados e optar por eles sem racionalidade nenhuma. Mesmo seres humanos. Racionalidade requer flexibilidade para se expressar, mas vai muito além. Racionalidade é a capacidade de decisão ponderada, isto é, baseada no exame dos prós e contras das várias opções, feito de uma forma que o cérebro faz projeções de consequências futuras de cada caso e analisa seu caráter bom ou mau para o próprio agente, mas também para a coletividade, momento em que as noções éticas se manifestam. Racionalidade é um encaminhamento de juízos, cada qual com sua conseqüência que é o alimento (imput) de um novo juizo. Tal cadeia é, justamente, um "raciocínio", que é a essência da racionalidade. Um raciocínio é uma teia de juizos elementares que conduzirão a uma proposta de decisão a ser tomada levando em conta os aspectos emocionais, éticos, estéticos e os sentimentos envolvidos. É algo de extrema complexidade mental e, certamente, não é "apenas" coisa nenhuma, mas um processo que envolve muitas atividades psíquicas. Note-se que, ao fim do processo, não é apenas a racionalidade que deve ser levada em conta para a decisão. Nem sempre uma decisão racional é a melhor. A melhor decisão é aquela que maximizará a felicidade do maior número de seres. A razão é um ótimo recurso para buscar a melhor decisão, mas não é o único que deve ser considerado. Sentimentos e emoções também precisam ser levados em conta. E, por último, quero falar da "intuição", que nada mais é do que um tipos de raciocínio procedido pelo cérebro de forma inconsciente, mas que pondera todas as vivências do indivíduo em termos do que elas já lhe propiciaram de satisfação e felicidade. Ao se debruçar prolongada e intensamente na consideração de um problema, o cérebro, captura para o inconsciente a questão e trabalha nela até que encontre uma proposta que, então, envia à consciência e a pessoa tem a "intuição".
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