sem caminho, sem rumo, sem parada, sem destino.
Acima, abaixo, adiante, atrás, a bombordo e a estibordo,
milhares, milhões, bilhões de estrelas, galáxias, nebulosas...
E o silêncio, colossal, abissal, eternal, paradoxal...
Sinfonia total, sem orquestra, sem batuta, sem regente...
Partitura sem clave, sem tom, sem compasso e sem nota
escoa incomeçada, infinita, ininterrupta, inacabada...
Busco em vão a luz, o calor, a melodia e o acalanto,
que me ilumine, me aqueça, me sossegue, me console...
A bondade, a beleza, o carinho, a ternura e o amor,
que me traga o refrigério, a paz, o conforto, a alegria...
Em que galáxia estará oculto o Sol da minha vida?
Em que oceano de celestiais venturas poderei mergulhar?
Em que órbita, de que mundo, minha vida aninhará?
Se perdido me foi o norte, o centro, o rumo e o ponteiro.
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