O amor cristão como o desejo de salvação da alma é algo inteiramente sem significado. Salvar do quê? Do inferno? Que inferno? Todo o edifício de crenças judaico-cristãs, baseadas em mitos de origem suméria, é interessantíssimo para estudo antropológico mas não têm realidade nenhuma. Bem como as histórias do pecado original, dilúvio, divindade de Cristo, redenção, são apenas histórias, tão críveis quanto as lendas indígenas do boto, da caipora, do curupira.
A redenção, por exemplo, é a mais cruel de todas as histórias jamais inventadas. Como pode Deus ser tão perverso em exigir o sacrifício atroz de seu próprio filho (que, aliás, era ele mesmo) a si próprio para poder permitir aos homens ir para o céu? Porque não só perdoou e pronto?
A mensagem de Jesus para amar-nos uns aos outros é válida quando consideramos o amor como um valor humano, um sentimento, um desejo, uma vontade e uma ação positiva no sentido de promover o bem e a felicidade do outro. Isso vale, e muito. Se todos seguissem esse mandamento o mundo seria muito melhor, sem ódio, sem disputas, sem guerras, sem cobiça, com solidariedade, cooperação, compaixão, paz.
Ágape é esse amor desinteressado, que quer o bem do outro, que lhe devota cuidado, carinho, zelo, ternura, de modo altruísta, sem querer retorno, mesmo que se compraza nele. Sem desejo erótico. Mas o amor ideal é o amor completo, philia, agape e eros. Esse é o amor que dá significado à vida e que se busca para alcançar a plenitude da felicidade. É o amor cantado pelos poetas, trovadores, cancioneiros. Esse amor total é, também, o amor que Jesus quer que todos possam doar e fruir. E é um amor que não pode ser regateado e nem restringido ao propósito de procriação. Precisa ser realizado em plenitude e beatitude, não necessariamente exclusivista. Se a humanidade deixasse os preconceitos de lado e realizasse o amor completamente, de forma franca, honesta, digna e decente, grande parte dos males do mundo desapareceriam.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
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