terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tormenta


Que terríveis ocorrências me atormentam
e me levam dessa vida o sentido,
de minha mente toda a tranquilidade,
de meu coração a paz e a letícia.
Mergulhado nessas  brumas tão cinzentas
da tristeza, da amargura e a solidão.
Sem vislumbre de chegar a primavera
que me traga o alento acolhedor.
O frescor tão perfumado dessas flores
faz cantar em alegria os passarinhos,
anunciando o esplendor da vida e o amor
que me escapam sem perdão nem piedade.
Que terríveis pecados eu perpetrei
pra merecer  tão intenso padecer?
Porque a bondade que tanto prego e doo,
só a mim não presenteia seus favores?
Onde estás, oh meu amor estremecido,
que me foges e me negas teu carinho,
e não deixas que a ventura desta vida
em minh’ alma possa enfim fazer guarida.


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