Considerando ser a felicidade o bem supremo (eudaimonismo - não confundir com hedonismo que coloca o prazer como bem supremo), meus maiores questionamentos são sobre os empecilhos para a realização da felicidade. A sociedade, ao longo da história, estruturou-se de forma a privilegiar o poder e a dominação de um sobre o outro como meio de se obter o sucesso. E o sucesso se personificou como a riqueza material, pela qual se pode comprar a realização dos desejos e, logo, dos prazeres. Isto tem dois aspectos ruins. O primeiro é que não pode ser universal, pois só se domina se houver dominados. E esses não terão o sucesso. Segundo que, mesmo quem logra o sucesso e goza dos prazeres, nem sempre é feliz. Daí minha primeira objeção é sobre essa visão de organização social fundamentada no egoísmo, na competição, na ganância, na cobiça, na inveja, na trapaça, na disputa para conseguir o melhor para si, retirando-o do outro. Para mim o mundo tinha que ser baseado no esforço comum de promover o bem estar geral e, com isso, o de cada um, pela colaboração, cooperação, solidariedade, diligência, altruísmo e coisas assim. Deste modo, uns ajudando aos outros, todos alcançam a felicidade.
Outro grande questionamento meu são as restrições impostas pela sociedade à realização de plenitude da felicidade, especialmente no amor. A exigência de exclusividade amorosa é um caso. É claro que se pode amar a mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Porque isso não pode ser admitido de uma forma franca, honesta e decente, com a aceitação da pluralidade amorosa aberta e consentida por todos os envolvidos como algo normal e digno?
Outro grande questionamento que faço é o da existência da propriedade privada. Para mim tudo deveria ser coletivo e compartilhado, não havendo residências particulares mas sim coletivas, com grandes famílias em que todos os adultos são pais de todas as crianças, todos os homens são maridos de todas as mulheres e todas as mulheres o são de todos os homens. Sem ciúmes e nem libertinagem. Questiono também a existência de classes sociais. Todos deveriam ser igualmente ricos e educados, sem exceção. Pobres não são necessários para nada. Os ricos também podem fazer os serviços braçais.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Quais são seus maiores questionamentos acerca da vida e do mundo?
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