segunda-feira, 14 de novembro de 2011

''O oposto do amor não é o ódio mas sim a indiferença''. Concorda?

Não. É o ódio sim. A escala de afetos que se pode sentir é unidimensional e de dois sentidos, não sendo linear. No centro está a indiferença, que é o valor nulo. No sentido positivo os afetos vão crescendo a partir de uma simpatia, passando por admiração, afeição, amizade, bem querer, amor, até adoração. No sentido negativo começa com a antipatia, aversão, desprezo, inimizade, mal-querer, ódio até ódio profundo. Quando digo que não é linear é que a profundidade do sentimento não é proporcional à intensidade do bem ou do mal que se recebe do objeto do afeto mas segue um tipo logarítimico de escala, semelhante à dos decibéis para o nível de intensidade sonora em relação à intensidade sonora. Mas não idêntico, pois não há níveis negativos de intensidade sonora. A psicometria dos sentimentos ainda é uma área de estudo em desenvolvimento, do mesmo modo que o tabelamento numérico da intensidade da dor, por exemplo. Ou de um perfume, da sensação de cócegas. Teoricamente os sentimentos podem ser quantificados, como beleza, bondade e outros. Mas não é um assunto simples. O mesmo se dá com amor e ódio.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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