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domingo, 19 de maio de 2013
O direito natural é uma farsa? A construção familiar humana é um artifício social? Qual o ponto de vista da ética a respeito do sexo (sem ser abuso sexual!) entre parentes muito próximos como entre irmãos, pais e filhos, tios e sobrinhos etc.
O direito natural não é uma farsa. É o único que, de fato, vale. O problema é que os mandatários consideram que seja direito natural aquilo que lhes convém e não o que a natureza humana estabelece como inerente ao ser humano. A construção familiar humana é, de fato, um artifício social. Tanto é que existem vários modos de se estabelecer. O homem não é naturalmente monógamo (nem a mulher). Sistemas familiares plurais e comunitários existem em várias culturas. A monogamia e a família biparental é um esquema que se estabeleceu por razões econômicas. Em uma sociedade anarco-comunista essa noção é totalmente dispensável e pode se considerar que família seja um grupo bem amplo, com várias esposas e vários maridos, todos pais de todos os filhos de todos. O sexo entre parentes próximos não é anti-ético. A sua imoralidade foi estabelecida por se verificar que a endogamia costuma provocar problemas genéticos de saúde. O poliamorismo, ou seja, a consideração de que não seja necessária a exclusividade nos relacionamentos amorosos, de forma aberta e consentida pelos envolvidos, não se constitui em traição, sendo menos hipócrita por reconhecer a possibilidade verdadeira de se amar a mais de uma outra pessoa simultaneamente. Nesse sentido a cultura e a civilização vencem o ciúme, que é um instinto primitivo. Mas civilização é, justamente, superar os instintos, que se formaram ao longo da evolução humana em um ambiente completamente diferente do mundo civilizado atual, que só existe há menos de 1% da idade da humanidade.
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