quarta-feira, 9 de julho de 2014

Alguns afirmam que a moral é objetiva não por haver alguém decidindo o certo e o errado, mas por haver consequências que melhora ou piora a vida das pessoas. Há mesmo como mensurar que um valor moral melhora ou piora a vida das pessoas?‎

A ética é que se pretende ser objetiva, por buscar estabelecer critérios que devem nortear as ações no sentido de que sejam promotoras do bem e, assim, apontar o que seja certo ou errado, em função desses critérios. Dentre eles sobressaem os da universalidade, isto é, de que a ação possa ser erigida como algo a ser prescrito como um dever; o da maximização da felicidade para o maior número de seres que a ação possa promover e o da reciprocidade, isto é, que seja uma ação de que gostaríamos de ser objeto. A moral, que estabelece o que seja permitido, proibido ou prescrito, idealmente, deve seguir a ética, mas nem sempre o faz. A moral reflete o que o grupo dominante em dada época, local, estrato social e nicho religioso ou ideológico considera que deva ser observado pela coletividade que domina para que seus propósitos sejam realizados. Assim, nem sempre o que ela estabelece é ético e nem sempre o que seja ético é estabelecido como moral. A mensuração do caráter ético de uma ação pode ser dada pela aferição de suas consequências na promoção da maior felicidade para o maior número de seres, não só humanos. Mas é preciso se analisar o caso de cada instância do tipo de ação para apurar as condições em que se deu e a situação de quem a fez. Uma ação só é passível de valor ético se for feita com consciência e liberdade.

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