sexta-feira, 11 de julho de 2014

De fato, tudo aquilo que você acredita ser "Ciência" não passa de uma maneira altamente relativa de ver as coisas. Tb fui assim, por isso mesmo seu caso me marca. Isso é tão somente pra te acordar, wolf. Isso sempre me lembra do Adrian Leverkuhn, e da genialidade de Mann. A crítica acaba com isso.

Ciência é uma forma particular de ver o mundo sim. Claro que é relativa, e qualquer outra forma o é, como a filosófica e a religiosa. A questão é quais os pressupostos que levam a esse tipo de visão. Para mim os científicos são os mais válidos, seguido dos filosóficos. Os religiosos, em meu entendimento, não valem nada. Por que os científicos são mais válidos? Porque a ciência possui duas características fundamentais: nunca tem certeza (sempre duvida de si mesma) e envida todos os esforços, com o máximo de cuidados, para checar tudo o que diz. Principalmente, abomina o argumento de autoridade. A única autoridade científica é a comprovação experimental ou observacional. Claro que isso não é garantia de veracidade absoluta. Mas essa garantia não existe para nada. Nos casos em que os critérios científicos não forem aplicáveis (e os há, vários), então há que se valer dos filosóficos, que, em vez da verificação empírica (pelos testes de falseabilidade, quando couberem), se vale da reflexão e das regras lógicas de raciocínio. Todavia a lógica não garante, também, a veracidade das conclusões, mas apenas a validade do raciocínio. A veracidade se prende, além da validade do raciocínio, à veracidade das premissas. E essa, ou é checada faticamente, ou é assumida axiomaticamente. Nestes casos é preciso muito cuidado com a plausibilidade das considerações. Para isso é preciso se ter uma grande sensatez. Quanto à visão religiosa, ela nada mais é do que uma sofisticação das visões mitológicas que surgiram com a evolução cultural da humanidade, mas se fundamentam em lendas inventadas e passadas de boca em boca ao longo de centenas de gerações, até serem consubstanciadas nas ditas "escrituras sagradas", em que foram lapidadas por hábeis redatores, que acrescentaram seus pontos de vista, como os evangelistas, Maomé, Allan Kardec e outros que tais. Não há a menor garantia da validade nem histórica, nem científica, nem filosófica, nem mesmo teológica (se é que isso existe) de tais escritos. O único aspecto que pode ter valor nessas escrituras são suas recomendações morais, mas, mesmo assim, com ressalvas. Quando aos autores que você citou, não conheço Leverkuhn. Mas não gosto nada de dizer o que quer que seja por meio de citação de autores. O que eu digo é o que eu acho, mesmo que seja baseado em minhas leituras e estudos, mas é, principalmente, produto de minhas reflexões e conclusões próprias. Então não preciso citar autor nenhum, pois o autor sou eu mesmo.

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