sexta-feira, 11 de julho de 2014

E como o universo era infinito, mesmo quando o universo observável estava concentrado em um volume pequeno?‎

O Universo Observável é apenas a parte do Universo de onde a luz teve tempo de chegar até nós desde que o Universo existe. Mas o Universo é muito maior. Cada ponto do Universo tem o seu Universo Observável, que, hoje, tem um raio de 46 bilhões da anos-luz, que é o ponto mais longe de nós que a luz, caminhando nesses 13,8 bilhões de anos, conseguiu nos alcançar. Esse raio é maior do que 13,8 bilhões de anos-luz porque, enquanto a luz vinha vindo, o ponto de onde ela saiu foi se afastando pela expansão cósmica. Se retrocedermos no tempo até o Big Bang, essa esfera estaria reduzida a um ponto. Só não é um ponto porque o comportamento quântico impede. O que está além do Universo Observável também estará contraído então. Mas, sendo o Universo infinito, sempre haverá algo além de qualquer ponto que se contrairá e, mesmo assim, o conjunto contraído será infinito. Isto é, um Universo infinito sempre foi infinito, desde que surgiu. Com a expansão, continua sendo infinito. Não há espaço vazio para o qual o Universo expanda (mesmo que fosse finito). A expansão de um Universo infinito não é um aumento de seu tamanho, mas uma separação entre seus pontos. Infinito não é um tamanho. É infinito.

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