quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Professor, muitas pessoas de fato não gostam de existir.Mas nem todas se matam, pois não há livre-arbítrio mas sim um forte instinto de sobrevivência.Então muitas vezes elas são coagidas a existir mesmo não "gostando"

Há livre arbítrio sim. Se uma pessoa não gosta de existir e não se suicida é porque ela tem medo de morrer, ou por causa do sofrimento que pode advir ou porque acredita que teria uma alma que sobreviveria à morte de seu corpo e essa alma seria condenada ao inferno se suicidasse. Então ela escolhe, livremente, continuar a viver com sofrimento para que sua alma não sofra pela eternidade. Isso é uma escolha lúcida e consciente. A vontade pode contrariar o instinto e isso acontece a todo tempo ao longo da vida. A civilização é que estabelece regras de convivência contrárias ao instinto e a pessoa as cumpre ou não. Ela pode não cumprir as normas sociais, sabendo que será punida e aceitar essa punição. Muitos fazem isso e, até, dão a vida por suas convicções, contrariando o instinto de sobrevivência. Ninguém é coagido a existir. O suicídio é completamente livre. Quem não se suicida é porque fez esta escolha. E eu a recomendo, exceto em situações extremas, em que o suicídio seja, de fato, a melhor escolha.

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