Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
Clique no título da postagem para ver os comentários a seu fim e inserir um.
Clique no título do Blog para voltar a seu início.
Para buscar um assunto, digite a palavra chave na caixa do alto, à esquerda, e clique na lente.
Veja lá como me encontrar em outros lugares da internet.
Visite meu canal no you-tube.
Pergunte-me o que quiser no ask.
As perguntas e respostas do ask e as que dera no formspring antes são publicadas aquí também.
sexta-feira, 27 de março de 2015
bom dia Professor. bem, sou de uma época em que se amava apenas uma vez e que se eram felizes para sempre. então Professor, o que foi que mudou? o amor agora é uma mercadoria que se vende ou se troca com prazo de validade e tudo?
Isso acontecia e acontece ainda. Há pessoas que amam uma única outra pela vida toda. Tanto antes quanto agora. Mas há muitas outras que, agora e antes, amam a mais de uma, quer sequencialmente, quer em paralelo. Só que não se admitia isso de uma forma aberta e franca, com a aceitação desses amores configurados em relacionamentos, quer pela alternância quer pela pluralidade. Isso provocava infelicidade, pois as pessoas ou precisavam continuar a viver uma relação em que não mais havia amor ou teriam que optar por uma relação só, quando havia mais de um amor. Amor não se controla. Ele surge espontaneamente. Impedir que todos os amores sejam realizados em relações consentidas é uma violência. Amores múltiplos sempre existiram. O que mudou foi que, atualmente, isso está passando a ser aceito como normal, sem nenhum problema. E isso é que é bom, para a felicidade das pessoas. Tal situação não tem nada a ver com dizer que amor é uma mercadoria que se vende, se compra, se aluga ou se troca. Amor, de verdade, não é nada disso. Amor só se dá e se recebe de graça. O que se pode comprar, vender, trocar ou alugar é a situação do relacionamento. Isso tem que acabar. Para isso é preciso, em primeiro lugar, que nenhuma pessoa humana adulta dependa economicamente de outra. Depois, que se acabe a formalização dos relacionamentos, que passariam a ser inteiramente livres. Então as pessoas só os manteriam por gosto. Assim é que tem que ser. Tirar completamente o aspecto econômico dos relacionamentos gâmicos. Isso, em absoluto, não enfraquece a família e nem prejudica as relações de paternidade e maternidade. Basta que se considere a família como tem que ser considerada, isto é, um grupo de pessoas ligadas por laços de parentesco sanguíneo e, principalmente, de afeto, que se apoiam mutuamente, que se comprazem em compartilhar a vida em comum, que colaboram entre si para o sustento de todos. Podem morar todos juntos ou não. Podem ter as ligações amorosas e sexuais que quiserem. Nada sendo estabelecido por contrato. Isso é que é uma verdadeira família.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário