quarta-feira, 29 de abril de 2015

Ernesto, sem querer ser piegas: como um homem com o nível de conhecimento que tens, não acreditar na existência de Deus e de espíritos! o que te move então? e esse maquinário que te movimenta, essa busca, esse empenho em orientar a quem você atribui?‎

Justamente em razão de meus estudos e reflexões é que não acredito em Deus. Já fui católico fiel e piedoso e deixei de sê-lo em razão de ter me aprofundado no estudo de minha religião, de filosofia, de biologia, de física, de cosmologia, de história. Tudo me levou a concluir que não exitem nem deuses nem espíritos. O que dá significado à minha vida não é nenhuma recompensa após a morte, porque sei que a morte é definitiva. O que me motiva é o bem da humanidade. Quero dar um significado à minha vida que é deixar o mundo melhor por eu ter vivido. E isso eu faço por meio do esclarecimento, da educação, da divulgação do conhecimento, da sabedoria. Com vistas a construir um mundo justo, belo, aprazível, harmônico, fraterno, pacífico, próspero. E esse mundo, para mim, é um mundo sem religiões, sem governos, sem fronteiras, sem propriedade, sem dinheiro, sem patrões, sem empregados, sem crimes, sem polícia, sem política, sem militares, sem advogados, sem juízes, sem contadores, sem prisões, sem mando, sem obediência. Um mundo livre, honesto, sincero, amoroso, alegre. Sem preconceitos, sem intolerâncias. Um mundo culto, educado, gentil, solidário, prestativo, Um mundo pleno de arte, de ciência, de confraternizações, Em que todos sejam amigos, mesmo sendo diferentes. Em que o amor não seja tolhido por nenhum tipo de barreira. Em que a família seja uma grande família, onde todo mundo seja pai e mãe de toda criança. Em que todo mundo seja marido e mulher de todo mundo que quiser. Em que não haja contratos, só a palavra dada. Isso não impede que seja um mundo extremamente sofisticado cultural e tecnologicamente. Mas, principalmente, um mundo de elevado padrão ético e não dessa moralidade fingida que vigora atualmente. Moralidade dos que condenam a corrupção no governo mas usam programas piratas, estacionam em fila dupla e outras vilaniazinhas. Moralidade dos que condenam a poligamia mas têm relações extraconjugais. Moralidade dos que execram as prostitutas mas fazem uso de seus serviços. Moralidade dos fariseus, tão execrados por Jesus. Esse tipo tem que acabar. A honestidade tem que ser pra valer, mesmo que dê prejuízo. A vontade de ver o mundo desse modo é que me move as ações. Isso não tem nada a ver com Deus e espíritos. É puramente humano. Secularmente humano. Demasiadamente humano.

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