quarta-feira, 29 de abril de 2015

o que te motivou a estudar física ? Gosta desde criança?‎

Sim. Física, matemática, engenharia, música, desenho, pintura, literatura. Sempre fui fissurado por conhecimento, especialmente nesses assuntos. Vivia desenhando plantas de casas, máquinas, engrenagens. Perto de minha casa havia a estação ferroviária e tinham locomotivas a vapor. Eu vivia lá para examiná-las e vê-las funcionando. Adorava guindastes, elevadores. tratores. Queria saber como funcionavam, conversava com os operadores, pedia para ficar na cabine. Essa curiosidade eu nunca perdi, até hoje. Quando eu trabalhava como professor da Aeronáutica e voava nos aviões da FAB eu sempre pedia para ir de co-piloto. Cheguei a começar o curso de pilotagem, mas meu dinheiro não deu para continuar. Em meu colégio (estadual) havia laboratório de Física e Química e eu gostava de ficar lá ajudando o laboratorista a preparar as aulas práticas. Na UFJF eu fui coordenador do laboratório de eletricidade e magnetismo. Meu pai, desde que eu era criança, me comprava livros de divulgação científica e, desde o primário e o ginásio eu já estudava física atômica, nuclear, relatividade e um monte de coisas que não eram do currículo escolar. Porque eu adorava. A filosofia eu comecei a gostar em torno de uns 11 a 13 anos. Meu pai tinha livros de filosofia e eu passei a estudá-los. Nunca perdi o gosto por aprender de tudo. E nunca me fixei em uma coisa só. Não consigo deixar as outras de lado. Quero saber de tudo. Estudei piano, pintava quadros, escrevia poemas, aprendi a tocar flauta doce. Mas a minha maior preferência era por Matemática e Física. Chamava de Boatemática. Assim não teve jeito. Ia cursar Física na UFMG, mas como morava em Barbacena e o dinheiro do meu pai não dava para me manter em Belo Horizonte, acabei fazendo Matemática em Barbacena mesmo. Mas logo comecei a lecionar Física e, depois, fiz meu mestrado em Física.

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