quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Este argumento só tem sentido num universo ateu. No universo cristão a morte não é o fim de tudo, por isso CARTASE ocorre no drama da Paixão de Cristo. No que diz respeito ao projeto de Deus, indico-lhe o argumento de Leibniz da harmonia preestabelecida entre omnisciência divina e livre arbítrio. 03/01/2016

Para começar, nem o universo cristão, nem o projeto de Deus, têm o menor significado, porque, simplesmente, não existem deuses. Então a única maneira de se raciocinar a respeito do assunto é dentro da consideração de que os deuses são invenções humanas. Todavia, mesmo considerando que existam almas que sobrevivam à morte dos corpos que as abrigam, tal fato não abole a constatação de que a redenção por meio da paixão de Jesus Cristo foi um plano extremamente cruel de Deus, que, se isso fosse verdade, seria uma pessoa a quem eu não teria o menor prazer de dedicar minha amizade. Vou ler o argumento de Leibniz sobre o assunto, mas lhe adianto que as considerações teológicas dele, bem como de Pascal, Spinoza, Descartes e, até, Voltaire, para mim, carecem de qualquer base factual. Não vejo escapatória nenhuma a respeito do assunto do que a consideração ateísta. Mas estou aberto a mudar de opinião, como já mudei, pois antes era teísta (católico).

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