Sim, é perfeitamente possível. Esse foi e é o meu caso. Mas, como o dia só tem 24 horas, você tem que deixar algo de lado. No meu caso foram duas coisas: o lazer e o sono. O lazer não é que eu deixei de lado e sim que eu fiz do meu interesse em ler e estudar o meu lazer, em vez de ver televisão, ir a barzinhos ou praticar esportes. E quanto ao sono, em verdade eu reduzi apenas uma ou duas horas por noite. De vez em quando, quando muito cansado, eu dormia as oito horas regulamentares. Também gosto muito de conversar e discutir, mas é difícil achar interlocutores que se interessem por ciência, arte e filosofia. Todavia, quando você mergulha nesse universo do saber, você fica tão maravilhado que vicia mais do que cocaína, tabaco ou sexo. O conhecimento é um bem que vale por si mesmo e não por nenhuma utilidade que possa ter. Mesmo que ele tenha utilidade. Mas você não o busca pela utilidade e nem pelo retorno financeiro ou em termos de prestígio, por exemplo. Você se compraz no saber pelo próprio saber. É deslumbrante, extasiante, super cativante. Claro que você acha tempo para isso, porque você prioriza esse tempo em relação os demais tempos. Você acaba deixando de lado muita coisa para mergulhar no prazer de estudar.
Não acho nada interessante se focar em uma área. O bom é ter uma multiplicidade de interesses. Mesmo que você se especialize em um deles, como eu me especializei em Física e, dentro dela, em Cosmologia, você não deixa de ter interesse em música, em pintura, em literatura, em filosofia, em biologia, em sociologia, em filosofia e muito mais. Mas há temas que não me despertam interesse, como economia, finanças, negócios, direito, administração, contabilidade, agricultura, política partidária, esportes, turismo, programação de televisão, culinária, moda e muito mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário