quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Mas, então, de acordo com a metafísica científica atual, meu caro amigo, a vida nada é que a droga de abstinência da morte, um acidente do acaso que vai desaparecer para sempre um dia. Isso para mim é mais fantástico do que crer em Devas emergindo das formas puras da matemática. 23/01/2016

Mas é isso mesmo. Extremamente fantástico. A vida é uma ocorrência fortuita, sem planejamento, sem projeto, sem causa e sem propósito. Do mesmo modo que a própria existência do Universo. E isso é a coisa mais fabulosa que pode haver. Temos que aproveitarmos ao máximo essa imensa oportunidade de que, por acaso, estamos aqui, pois nada era previsto para que isso se desse. Nossa vida é de uma preciosidade não só ímpar, mas mais improvável do que ganhar na mega-sena em todos os concursos que dela houve. E no entanto, mesmo assim, aconteceu. Possivelmente só nesse pequeno planeta em todo o Universo. Por sorte estamos nele e somos um ser vivo, ainda mais, inteligente. Quer prêmio maior do que este? Por isso é que temos que lutar para que todos se conscientizem disso e larguem da besteira de querer dominar uns aos outros, de querer ser dono de tudo, de querer mandar, de querer possuir, de querer dominar, de querer impor sua opinião. Temos que nos unir para aproveitarmos o tempo em que nossa espécie ainda sobreviver neste planeta, que pode ser apenas uns míseros dez milhões de anos, e fazer do planeta um lar aprazível para nós, um lar próspero, harmônico, fraterno, saudável, justo, alegre, feliz, sem brigas, sem ciúmes, sem invejas, sem competição, sem crueldade para com os outros, inclusive não humanos. É possível construir um paraíso na Terra e esse paraíso é o mundo anárquico comunista, sem governos, sem crimes, sem ignorância, sem doenças, sem pobreza, sem disputas, sem desigualdades. Para isso é que venho desenvolvendo o meu trabalho educativo, nessa missão a que me impus de promover o bem do mundo, do mesmo modo que religiosos promovem a glória de Deus. E, no meu entendimento, o bem do mundo é um mundo sem estados, sem governos, sem propriedades, sem fronteiras, sem dinheiro, sem religiões (mas pode ter a crença no sobrenatural). Isso é o que eu quero que venha a acontecer e confio que acontecerá em alguns séculos ou poucos milênios, se envidarmos nossos esforços para tal. De minha parte o trabalho é o de divulgar a ideia, de defendê-la, de argumentar a seu favor. Além das atitudes práticas que tomo de fazer muita coisa de graça, de ajudar a muitos (inclusive recolhendo vira-latas estropiados na rua, que já foram mais de trinta, dos quais dez ainda estão em nossa casa). Doando bolsas de estudo, dando aulas particulares de graça, fazendo palestras de graça, escrevendo livros e textos para distribuição de graça. E muito mais que eu gostaria de fazer e já tentei, como hortas comunitárias da rua. Em minha casa temos horta e pomar e damos muito do que é produzido para os vizinhos. Mas a da rua não vingou por causa da negligência geral. Por isso é que me concentro na educação, para que, em poucas décadas, a negligência desapareça.

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