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sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Há algum problema ontológico na interpretação de copenhague, Ernesto?
Não vejo nenhum. A questão não é ontológica e sim fenomenológica. Ou seja, será que, realmente, a dinâmica dos sistemas físicos, quanticamente falando, é controlada pela "função de onda", que verifica a equação de Schrödinger (ou de Dirac, no caso relativístico) e que essa função deve ser interpretada probabilisticamente? Ao que parece, sim. Então não vejo problema em aceitar a interpretação de Copenhague, uma vez que o reclame da necessidade de causa para todo evento, bem como da determinação do efeito de uma causa, possua uma resposta positiva. O problema é que muitas pessoas consideram que os temas metafísicos, como esse, não são susceptíveis de verificação empírica, mas são sim. Se não se encontra causa para algum evento, por que se deveria considerar que ele necessariamente a possua, só que está oculta? Particularmente considero que, na interpretação de Copenhague, a função de onda deva ser considerada uma propriedade real dos sistemas e não um mero artifício matemático, mesmo que não seja mensurável.
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