Razão é a faculdade mental de raciocinar, isto é, de relacionar idéias contidas em juízos e formar novos juízos a partir deles, que lhes sejam consequência. Raciocinar é concluir a partir de premissas que exprimam relações entre idéias. Para que a conclusão seja verdadeira, o raciocínio tem que ser válido e as premissas têm que ser verdadeiras. A veracidade de um juízo, primordialmente, se baseia na evidência e, secundariamente, na comprovação indireta, quando não houver evidência. A expressão linguística de um juízo, seja ele premissa ou conclusão, é uma proposição, que, gramaticalmente é a oração. Matematicamente o raciocínio é expresso pelos teoremas e a lógica é a arte de conduzir corretamente o raciocínio. Há duas modalidades: o indutivo e o dedutivo. O indutivo generaliza e o dedutivo particulariza. Se as premissas forem verdadeiras e o raciocínio válido, a conclusão de uma dedução é sempre verdadeira. Mas isto não pode ser garantido para uma indução, que é sempre provisória. O conhecimento científico se faz, principalmente, por indução, enquanto o tecnológico, por dedução. Informalmente, dizer que se está com a razão é dizer que o juízo que se faz a respeito de algo está de acordo com o que, de fato, ocorre na realidade, isto é, que seja verdadeiro. A verdade é, pois, a adequação entre a realidade e o que se diz a respeito dela. Ela não é uma propriedade dos seres nem das ocorrências, mas dos juízos, portanto é epistemológica, mas não ontológica e nem lógica, pois lógica cuida da validade do raciocínio e não da veracidade dos juízos e a ontologia cuida da categorização dos conceitos, enquanto a epistemologia cuida da validade do conhecimento e, pois, da verdade. Ser racional é usar a razão para as tomadas de decisão sobre as ações a se fazer, ou seja, é ser lógico. Mas nem sempre a conclusão racional é a correta, pois pode partir de premissas falsas. Isto significa que a sabedoria não está sempre em agir pela razão, mas, principalmente, em avaliar a correção das premissas que se toma para conduzir o raciocínio. E isto não é feito apenas em termos epistemológicos, isto é pelos conhecimentos válidos, mas, principalmente, pelos aspectos afetivos envolvidos. Pois a sabedoria não é o modo de conduzir a ciência, mas a vida e, na vida, razão e emoção são igualmente importantes. O próprio cientista, ao construir a ciência, não consegue se abstrair de seus afetos e da parte emocional de seu ser. Em outras palavras, não existe "Dr. Spock" na humanidade. E nem é bom que exista.
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