sábado, 2 de julho de 2011

"A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega" e "Não creio no Deus da teologia que recompensa o bem e pune o mal" mostram que Einstein admitia um Deus especial. Não te parece que ele tinha alguma limitação neste campo?

Pelo que me consta, as declarações de Einstein ao longo da vida permitem identificá-lo como deísta ou panteísta. Teísta certamente ele não era. Mas suas declarações eram ambíguas. Ele falava de uma religiosidade advinda da admiração pela ordem da natureza, sem mencionar Deus. Explicitamente dizia não crer no Deus que atenderia preces. Quanto à primeira frase, ele a disse na conferência que fez num Seminário Teológico Unionista em Nova York, ao fim de uma exposição em mostrou que a ciência busca descrever o que acontece no mundo enquanto a religião o que "deve" acontecer, mas que, para fazer ciência é preciso estar imbuído do espírito e buscar a verdade, que brota da esfera religiosa. E então disse que a situação poderia ser expressa por uma imagem; "a ciência sem religião é manca: a religião sem ciência é cega". Note que, dentro do contexto em que foi dito, a ciência seria manca se não buscasse a verdade, como propõem as religiões e a religião seria cega se não aceitasse as conclusões da ciência. Há, contudo, quem defenda, para Einstein, tanto a posição de ateu como a de crente, conforme suas preferências. Ele dá margem a ambas. Veja estes artigos:
http://blog.sbnec.org.br/2008/12/o-discreto-ateismo-de-einstein/ ;
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3708&catid=80 .
O capítulo 17 do livro do Isaacson elucida um pouco este ponto.
A conferência mencionada está transcrita na íntegra no livro:
Escritos da Maturidade - Albert Einstein - Nova Fronteira - pg. 25-34.

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