sábado, 2 de julho de 2011

Se o Universo é infinito, então existem infinitos planetas semelhantes à Terra e que, portanto, podem ter vida?

É o que se pode concluir, sem dúvida. Quando se fala a respeito do tamanho e da massa do Universo, se refere ao Universo observável, que é a porção dele capaz de ser vista daqui, considerando o tempo que a luz teve para chegar desde que ele surgiu, há 13,7 bilhões de anos. Levando em conta que, enquanto isto, ele se expandiu, esta fronteira está a 46 bilhões de anos-luz. Além disso continua a haver Universo, que será observado daqui no futuro. Até quando? Se ele for infinito, ilimitadamente. Se for finito, então será curvo e se prosseguirmos para frente acabaremos voltando ao ponto de partida, por trás. Então se poderia falar de um "tamanho do Universo", não apenas do observável. A decisão entre essas possibilidades se prende à determinação da densidade média de massa e energia, comparada com a velocidade e aceleração da expansão. Os valores observacionais são sujeitos a um grande erro de estimativa, pois não se conhece perfeitamente a distribuição de matéria, radiação, matéria escura e energia escura para uma resposta precisa. O resultado se encontra bem no limite das possibilidades, o que faz supor sua infinitude, ainda mais que a expansão está acelerada (mas se a densidade fosse grande poderia desacelerar e vir a contrair). Sendo o Universo infinito, ele sempre o foi, mesmo no Big Bang, em que a densidade tendia ao infinito, mas o volume poderia não tender a zero e ser infinito também (essas são as duas únicas possibilidades no Big Bang). A possibilidade de ser infinito é desconcertante. Neste caso, mesmo que só exista um planeta como a Terra no universo observável, haveria infinitas terras nele todo, certamente.

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