domingo, 11 de setembro de 2011

Suponha que nos proximos anos a medicina evolua o bastante para fazer transplante de cerebro. Suponha que o grande amor da sua vida para sobreviver teria que fazer um transplante de cerebro para um corpo de sexo oposto. Como será sua relação com seu amor?

O transplante de cérebro, se for feito, não será um transplante de cérebro, mas um transplante de corpo, pois a pessoa é o cérebro e não o corpo. Assim você teria a pessoa em outro corpo e não com outro cérebro. Isso vale, inclusive, para questões de responsabilidade jurídica, financeira e criminal, por exemplo. Se meu amor trocar de corpo por um corpo do sexo oposto, eu não deixaria de amar a pessoa que ela é. Só não teríamos mais relacionamento sexual. Mas amor não é só sexo. Sexo é um dos componentes do amor, que pode perfeitamente existir sem ele. Nesse caso é possível que se tenha um segundo amor, com quem se faz sexo. Mas isto não impede de se continuar amando o primeiro. E ela também poderia ter um segundo amor e fazer sexo com ele. Isto, para mim, seria perfeitamente normal e não se configuraria em prevaricação nem imoralidade nenhuma.

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