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terça-feira, 1 de abril de 2014
Se estiver disposto a tal e julgar que seja proveitoso, gostaria que explicasse melhor a ideia de que o ser humano é animado pelo seu metabolismo, ao passo em que é este o motor principal, agente e aquilo que nos dá força e vivacidade. Como assim? Parece-me completamente irrazoável. Elucide, pfv. Ob
O que anima não só o ser humano, mas qualquer animal e, mesmo, o que dá vida a um vegetal, fungo ou bactéria, não pode ser nada mais que o próprio funcionamento de seu corpo. Um corpo totalmente estruturado mas sem estar funcionando não está vivo. É o que acontece com um animal logo após sua morte, em que seu corpo ainda não começou a apodrecer. Não há diferença fundamental entre um ser humano e outro animal. A diferença é só na complexidade maior do ser humano. Não há nada que um ser humano possua que os outros animais também não possuam. É só uma questão de grau. Inclusive houve outras espécies tão complexas quanto a humana, que se extinguiram, como a Neandertal. Esse funcionamento confere ao corpo sua capacidade de tomar iniciativa, que é o que diferencia a vida da não vida. Os sistemas não vivos não tomam a iniciativa de qualquer ação. Apenas respondem a outras ações, reagindo a elas. Os seres vivos agem por sua iniciativa. Isso é uma propriedade que pode ser implementada em artefatos robóticos, que, então, poderiam ser tidos como "vivos". Tal característica é fruto da complexidade. Acima de certo nível, a complexidade é capaz de, não só reagir a estímulos, mas, também, de agir proativamente. Note, contudo, que há uma cadeia vital que passa dos genitores à prole (isso inclui vegetais, bactérias e fungos), por meio das células gaméticas. Ao se unirem para formar a primeira célula somática do novo corpo, elas transmitem o fato de estarem vivas a ela e isso vai se propagando pelas novas células que vão se formando por divisão do zigoto a todo o corpo até que ele morra. Mas ele pode deixar gametas que fecundam e são fecundados e, assim, a vida ir se propagando no Universo. A questão é só a do surgimento do primeiro sistema vivo, isto é, que funciona por iniciativa própria. Tal surgimento se deu porque as circunstâncias levaram a uma conjunção de fatores favoráveis a que algum sistema começasse a agir por iniciativa própria, dando início à cadeia da vida. Há propostas de explicação desse fato, ainda não confirmadas, mas esse é um tema obejto de ingentes estudos na comunidade biológica. Não se pode avocar, simplificadamente, alguma intervenção extra-natural no processo, uma vez que não há indicação nenhuma de que isso se tenha dado. Quem advoga tal tipo de intervenção, por sua vez, também não explica como essa intervenção procedeu. Não há nada de irrazoável na concepção de que a vida é fruto da complexidade. Certamente que não se consegue produzir vida biológica a partir da matéria inanimada em condições laboratoriais no presente. Isso foi um processo gradativo ao longo de milhões de anos. Mas pensa-se que tal fato esteja ocorrendo, atualmente, em biotas singulares, como as fumarolas submarinas.
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