sexta-feira, 11 de julho de 2014

"Que não passam de obras de ficção" - sua objetividade é uma farsa, e eu estou cansado de provar isso. Você é um bom e um mau cristão ao mesmo tempo, e ainda por cima só quer ser lógico quando a lógica serve aos seus propósitos. Sua crítica ao cristianismo é a mais opaca que já vi.

Claro que todas as escrituras ditas "sagradas" são ficcionais. Seus redatores coletaram as lendas e mitos que a população vinha guardando, acrescentaram suas próprias concepções e as redigiram como se fossem "revelações". E esses mitos são oriundos de histórias inventadas e contadas de boca em boca. Provenientes de interpretações fantasiosas das ocorrências para as quais não se tinham explicações. Isso não vale só para as religiões abrahãmicas. Vale para todas. O Mahabharata, por exemplo, foi obra de uma pessoa, que se chamava, inclusive, Krishna. Ele fez isso, mas inventou a maior parte, como se fosse Camões escrevendo os Lusíadas ou Homero escrevendo a Ilíada e a Odisséia. Só que ninguém nunca achou que o gigante Adamastor fosse um ser verdadeiro. Mas as divindades mitológicas gregas eram tidas como reais e as hinduístas o são até hoje. Da mesma forma que a divindade de Jesus, a existência do Espírito Santo, a assunção de Maria, mãe de Jesus, com seu corpo ao céu. Outro absurdo é a história da redenção de Jesus Cristo. Não consigo conceber como se pode supor que um Deus que é tido como santo e bom poderia exigir o sacrifício expiatório de seu próprio filho para aplacar sua ira para com a humanidade devido ao pecado de Adão e Eva. Se ele fosse bom mesmo, simplesmente perdoaria. Além do mais, porque castigar toda a humanidade pelo pecado de dois apenas. Sem contar, é claro, que essa história de Adão é Eva é pura lenda. Ora, não havendo Adão nem Eva nenhum, de que pecado Jesus redimiu a humanidade? Minha crítica ao cristianismo não é nada opaca. Pelo contrário, é muito clara. Em comparação, o cristianismo é muito mais fantasioso do que o Islã. Mesmo com as setenta virgens que vão servir aos crentes em Alá no paraíso. Não vejo a menor falta de lógica nessa linha de raciocínio contra o cristianismo.

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