quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Você acha que a erudição da sua família é, também, em razão de seu bisavô ter sido da nobreza austríaca?‎

Meu avô era professor de Russo e Tcheco na Academia Teresiana de Viena. Além disso, falava alemão, inglês, francês, espanhol, italiano e português (de Portugal). O sogro dele era diplomata português no consulado em Belo Horizonte e era uma pessoa de letras, possuindo uma boa biblioteca de autores portugueses. O pai da minha mãe era almirante médico da Marinha Brasileira e primo de Rui Barbosa. Tanto ele quanto o filho dele, irmão mais velho de minha mãe, também médico, e do exército, eram pesquisadores da cura, ele da Beriberi (de que acabou morrendo) e meu tio da tuberculose. Meu pai fez curso de direito, mas era professor de história e geografia e também tinha uma boa biblioteca de ciências humanas e filosofia. Minha mãe era normalista, mas uma estudiosa de ciências, especialmente química. Assim fui criado em um ambiente de muito apelo cultural, em que, inclusive, se ouvia muita música clássica, que minha mãe tocava ao piano. Meus tios e primos também eram cultos. Ou eram médicos, ou advogados ou engenheiros, ou militares, ou professores. Nenhum empresário e nenhum fazendeiro. Só o pai da primeira mulher do pai da minha mãe é que era um fazendeiro do Paraná, Barão do Império.

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