terça-feira, 30 de junho de 2015

https://www.facebook.com/felustosa.barreto/posts/463835230451443?pnref=story Veja esse texto, caro Ernesto. É TERRÍVEL, entretanto como o senhor o refutaria?‎

É claro que existem desigualdades no Universo. Só não existiria se o Universo todo fosse apenas um campo indiferenciado. O surgimento de partículas materiais e da radiação promoveu a formação de estruturas que se diferenciaram até dar no que existe atualmente. O que os defensores da igualdade defendem não é que desigualdades naturais sejam destruídas. O que defendem é que a sociedade tem que prover as mesmas oportunidades para todos, bem como os mesmos direitos e deveres. Isso é um situação social. Naturalmente, cada um, em função de suas capacidades, tirará proveito diferente das oportunidades oferecidas e se tornará uma pessoa diferente. Contudo, mesmo as pessoas diferentes, têm que ter os mesmos direitos e deveres sociais. Ou seja, ninguém pode gozar de privilégios. Quanto a mandar e obedecer, não é preciso que isso seja estabelecido por uma hierarquia estabelecida, com a existência de classes sociais. Isso é injusto. A humanidade toda tem que ser socialmente equivalente. Ao se executar algum projeto, então, em função das capacidades e competências, ficam estabelecidas, para aquele projeto, as funções dos participantes, e, certamente, alguns serão os coordenadores das atividades, cujas determinações precisam ser acatadas, se justas, para o bom desenrolar dos trabalhos. Havendo governo, a coletividade faz a escolha de quem seria a pessoa coordenadora da administração social, com rodízio de ocupação dos cargos. A igualdade está em que qualquer um possa se candidatar a um cargo político, mesmo que se exija o preenchimento de alguma condição de idade ou competência. Então, pugnar pela igualdade, assim entendida, é defender a justiça, a harmonia, a fraternidade, a paz. A ordem, pois, emana naturalmente dessa situação. Não precisa ser imposta. É aceita com satisfação, pois não causa nenhum dano a ninguém. Se Deus existisse, certamente, se fosse justo como se considera que seria, estabeleceria essa igualdade como norma em seus mandamentos. A interpretação católica tradicionalista de que a desigualdade social seja justa (que é, exatamente, a concepção chamada de "direita"), é que é inteiramente injusta e indigna de um Deus que fosse um deus de bondade.

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