sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A religião é um mal para a sociedade? Deve ser extinguida?‎

É sim. Um grande mal. Mesmo que elas já tenham feito e ainda fazem, também, bem para a sociedade, o mal que fazem supera esse bem. O bem que elas fazem é a caridade, no que são exímias. Também promovem a congregação social de seus adeptos e o auxílio mútuo entre eles. Além de propiciarem um conforto para as aflições e uma esperança para os desvalidos.Tudo isso, contudo, às custas de uma imenso mal que é o engodo de tapear as pessoas com a vã promessa de uma vida eterna venturosa para o justos e puros e uma vida eterna em danação para os maus. Além de colocarem o ônus de extirpar o mal da Terra nos ombros da divindade, eximindo as pessoas a, em sociedade, lutarem positivamente pela erradicação do mal. A consideração de que haveria uma justiça divina leva muitos a não se empenharem em obter a justiça terrena. Por outro lado, apesar do medo da danação eterna ser um fator limitador da criminalidade, ele tira toda a virtude de se praticar o bem pelo valor intrínseco do bem, independentemente de qualquer recompensa, nesta ou em outra pretensa vida. O que é preciso é que a filosofia eduque as pessoas a que vivam uma vida virtuosa, exercendo o bem e erradicando o mal, sem se reportarem a nenhum prêmio ou castigo por isso. Essa é que é a verdadeira virtude. A solidariedade não religiosa também é mais completa, pois se estende à humanidade toda, mesmo aos que não abracem o mesmo tipo de crença. E não faz menção nenhuma a que aquela caridade esteja sendo feita em nome de A, B ou C das possíveis divindades. Esse estágio de que a prática do bem seja condicionada a prêmios, bem como a evitação do mal a castigos é um estágio muito primitivo de evolução civilizatória da humanidade. Por isso é que a filosofia tem que ser muito disseminada. Pois ela é que é a mestra da vida e que ensina a cultivar o altruísmo e renegar o egoísmo sem nada em troca. Ela, a filosofia, e nenhuma religião, é que será capaz de construir um mundo verdadeiramente harmônico, justo, ordeiro, pacífico, fraterno, próspero, aprazível e feliz para toda a humanidade. Sem imposições, sem proibições, sem prescrições. Só com o espírito de justiça, de bondade, de honestidade introjetados nos corações e nas mentes. E com a disposição de trabalhar sem preguiça para o prosperidade e o conforto de todos, independentemente de retribuição. Não é preciso religião nenhuma para isso.

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