domingo, 10 de janeiro de 2016

[...] Se cada ser humano tem propriedade sobre seu corpo, consequentemente tem sobre sobre o trabalho onde aplica suas habilidades pessoais. Se todas as propriedades forem compartilhadas, teríamos que pedir permissão para todos para fazer qualquer coisa? Isso me parece, sem querer ofender, ridículo.

Você está interpretando as coisas de modo radical. O compartilhamento da propriedade se aplica a bens de monta e de uso passível de compartilhamento. Não se aplica, por exemplo, a seu próprio corpo, a sua escova de dentes, a seu chinelo, a sua cueca, a sua dentadura, a seus óculos, a seu celular. Mas se aplica a residências, veículos, bibliotecas, louça, mobiliário. Até mesmo computadores. Essas coisas não precisam ser particulares. Mas sua conta na nuvem pode ser particular. Um retrato do seu avô pode ser. Anarquia e comunismo são sistemas sensatos e sem nada rigidamente determinado, uma vez que não há leis. Há o consenso. E, principalmente há o espírito, a cosmovisão generalizada, de que o mundo é de todos. Como pensavam os índios, só que numa nova situação de modernidade e de civilização sofisticada.

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