sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Qual a diferença entre um delírio e uma forma diferente de ver o mundo, tendo em vista a racionalidade pois o protagonista está certo, e os demais não, ou vice versa?

Muitas vezes não há como distinguir. Para alguns, por exemplo, meu ideal de um mundo anárquico, comunista e ateu de pessoas completamente virtuosas, sem propriedade, sem dinheiro, sem nações soberanas, sem fronteiras, com tudo compartilhado, com solidariedade, com cooperação ao invés de competição, sem crimes, sem golpes, sem egoísmo, sem espertezas, sem exércitos, sem polícia, sem advogados, sem juízes, sem prisões, sem religiões, sem bancos e isso tudo é um delírio completamente utópico. Para mim e para vários outros, é uma possibilidade concreta a ser atingida em alguns séculos ou poucos milênios. Muitos consideram loucura lutar por algo que só se concretizará dentro de milênios. Eu considero que não, que é perfeitamente lúcido e racional, além de ser algo por que seja válido dedicar a vida e que é capaz de preenchê-la completamente de significado. Do mesmo modo que missionários budistas, muçulmanos, hinduístas, espíritas, católicos, protestantes e de outras religiões consideram que seja de grande valor dedicar suas vidas a propagar suas fés. Muitos pragmáticos os consideram loucos, como consideram os anarquistas evolutivos. Então a questão seria de opinião: há quem ache, há quem não ache. Para mim, o pragmatismo é uma praga. Para outros é a única opção sensata e lúcida. Quem está certo?

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