quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Aumentar o consumo de bens significa esgotar a capacidade da terra de produzir as matérias-primas sustentavelmente, logo, a pobreza é necessária para manter os consumo desenfreado atual? [continua]

[continuação]Uma vez estabelecida a tão sonhada "igualdade social", o planeta iria rapidamente agonizar, nos obrigando a consumir menos, e, consequentemente, produzir menos. Logo, o capitalismo se tornaria insustentável, não? O que achas?

Resposta:

É claro que a pobreza náo é necessária, de modo nenhum. A questão é que a obtenção da igualdade tem que ser feita de uma forma completamente diferente dos padrões sociais hoje existente, senão fica insustentável mesmo. Transformar toda a população nos ricos individualistas e consumistas que hoje existem é impossível. Quando digo que não devem haver nem ricos nem pobres e que todos têm que ter não só o necessário, mas, até, o supérfluo para viver confortavelmente e feliz, estou considerando um estilo de vida comunitarista, que represente uma tremenda economia de recursos em termos de infra-estrutura, energia, alimentos, trabalho, transportes e tudo o mais. No momento em que tudo passa a ser compartilhado e os esforços produtivos são orientados para um modelo coletivista, tanto a eficácia quanto a eficiência crescem muito. Os bens necessários para sustentar confortavelmente certa população num modelo individualista de residências particulares, carros particulares, refeições familiares e tudo assim, são talvez até ou mais de dez vezes maiores do que no caso de alojamentos comunitários, transportes coletivos, refeitórios, lavanderias, vestuários e tudo o mais sempre comunitários. Além de que as pessoas vão ter muito mais tempo livre para o lazer. Acrescentando a disseminação de alta tecnologia agropecuária, energética, viária e de todos os setores da economia, devidamente expurgada do aspecto financeiro, o mundo será capaz de sustentar uma população maior do que a atual sem pobreza nenhuma. O fundamental para esta mudança não é revolução nenhuma, como equivocadamente pregou Karl Marx e assim fizeram seus discípulos, especialmente Lênin, mas uma mudança interna de paradigma de comportamente, trocando o egoísmo, a ganância, a preguiça e a cobiça pelo altruísmo, o desprendimento, a generosidade, a solidariedade e a diligência.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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