segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O senhor acha que a palmada é um instrumento efetivo de educação? Eu apanhei de palmatória, mas isso não me educou em coisa alguma.

De forma nenhuma. Violência é crime e bater em criança é violência. Como educar? É preciso saber que a criança pequena é como um animal. Seu comportamento pode ser adestrado para o que se considere adequado por meio do condicionamento em termos de recompensas e castigos, pois é assim que funciona o sistema de recompensa do cérebro. Tudo o que provocar algo agradável será repetido e o que provocar sofrimento será evitado. Mas o sofrimento não precisa (nem para os animais) ser um maltrato físico. Basta a privação daquilo que lhe dê prazer. Mas tem que ser aplicada logo após a ação a ser corrigida ou, pelo menos, na primeira oportunidade. O que não se pode é humilhar a criança perante outras pessoas. Os castigos têm que ser aplicados reservadamente. Comparações entre irmãos ou primos também não podem ser feitas. É preciso saber dosar, porque há-se que ser firme e não voltar atrás. Senão a pessoa cuidadora da criança fica desmoralizada. Isto vale, até mesmo, para adolescentes e jovens. A autoridade dos cuidadores (pais ou outros) tem que ser firme sem ser opressiva. É fácil agir assim se, de fato, se ama aquele de quem cuidamos. Mas amor não significa permissividade nem frouxidão. Como também não significa tirania nem violência. Se, de vez em quando, o nervosismo e o descontrole deixar escapar uma palmada e se isto for raro e não um espancamento, não é tão grave assim. Mas não se pode, por arrependimento, fraquejar na repreensão. A criança, sabendo como seus cuidadores preocupam-se com ela e zelam por seu bem, compreende melhor uma repreensão e isto fica mais eficaz. Tirania, jamais!

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