quinta-feira, 24 de março de 2011

Big-Bang, de Simon Singh, é fabuloso. Mas as evidências pró Big-Bang me soaram fraquíssimas. Fiquei chocado. E fui ler "O Universo Vermelho", de Halton Arp. Começo a pensar que nunca houve Big-Bang mesmo! Você leu? Teria algo a dizer?

Não conheço este último e até anotei para comprar e ler. Há muitas evidências de que houve o Big Bang. As duas principais são a expansão cósmica e a radiação de fundo. A expansão do Universo é observada em todas as direções e em todas as profundidades, o que significa, em todos os momentos passados. Isto permite concluir que, há um certo tempo, tudo estava junto. Este tempo até é calculado em 13,7 bilhões da anos. Este é o momento, Chamado Big Bang, em que o espaço que contém o Universo começou a se expandir, isto é, a inchar, sem que o conteúdo se movesse. Mas isto não significa, como dizem, que todo o Universo se reduzia a um ponto. O que se reduzia a quase um ponto é o Universo Observável, que é até onde se consegue ver, pois a luz não teve mais de 13,7 bilhões de anos para provir de lugar nenhum. Logo, o que estiver além, não é visível, por enquanto. Como o Universo se expande, este ponto, hoje, está a 46 bilhões da anos-luz. Mas há Universo além disso. Quanto? Depende. Se o Universo for infinito, como parece que é, não há limite. E se não há limite, nunca houve, nem no Big Bang. Só que, então, tudo estava concentrado em uma densidade quase infinita, mas não infinita, pois as condições, então, não permitem a aplicação das equações da Relatividade Geral e há proibições quânticas para uma densidade maior do que, me parece, 1E81kg/m³ (depois confiro isto).
Aplicando-se todos os conhecimentos físicos à evolução dessa expansão, pode ver que, a princípio, matéria, antimatéria e radiação viviam em equilíbrio, criando-se e destruindo-se num Universo inteiramente opaco como o interior de uma única estrela. 380 mil anos após o Big Bang a temperatura desceu o suficiente para que este equilíbrio fosse rompido e o remanescente de matéria ficasse desacoplado dos fótons. Aquela formou as estralas e galáxias e estes a radiação de fundo. Considerando o quanto houve de expansão até hoje, pode-se calcular o quanto a temperatura dessa radiação teria decaído e o valor coincide exatamente com o valor medido experimentalmente.
Esses fatos garantem que houve um Big Bang. Mas ele não foi uma explosão de um conteúdo para um espaço vazio circundante. Todo o espaço sempre existente foi o que o conteúdo preenchia. A expansão foi do próprio espaço.
Mas isto não significa que o Big Bang tenha sido a origem do Universo. O conteúdo que começou a expandir pode ter surgido então, de nada, já expandindo, pode já estar existente, desde sempre, ou ser o resultado de uma contração de um Universo anterior. Ainda não se sabe como decidir. Pessoalmente sou a favor da primeira hipótese, mas não tenho garntias. Nem as outras.
Veja estes artigos:
http://www.talkorigins.org/faqs/astronomy/bigbang.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Big_Bang
http://en.wikipedia.org/wiki/Timeline_of_the_Big_Bang
Veja também os links contidos neles.

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